Amigo do meu amigo...

Hoje, assisti, involuntariamente, a uma daquelas conversas em que, por mais português que aquilo seja, os intervenientes parecem falar outra linguagem. Não consigo, por mais que me esforce - está certo que nem sempre me esforço assim tanto.... - entendê-los, seguir aqueles raciocínios desviantes e um pouco dúbios e perceber como raio se julga ( só o facto disso acontecer é terrivelmente presunçoso.. ) alguém pelos amigos que acompanha.... ou pelo menos, parte deles....como é que o carácter de um perfeito desconhcedio é avaliado pelos padrões de comportamento de outro alguém? É assombroso.... dei por mim com muita vontade de intervir, mas quis o bom senso que eu me lembrasse onde e com quem estava....constatei que, na melhor das hipóteses, a reacção mais entusiasta ao que eu poderia contrapôr seria ver-me regressar a casa com uma grande baliza na boca ou uma lobotomia a sangue-frio ( resultado directo de me estar a meter num assunto, sem que ninguém me perguntasse nada, com pessoas realmente de outro planeta.... um menos amistoso e com a cútis mais frágil... )..... mas digo-vos, meus caros... tá mal.... tá mesmo mal.... já que lhes é permitida a alarvidade de existirem e de dizerem bacoradas que não têm fim, em voz bem alta, não vá na Grécia não os ouvirem, eu devia pelo menos ter podido sussurrar: " Oh meu caro senhor, balha-me Deus.... até Judas tinha amigos irrepreensíveis.... "